O uso excessivo de LSD aprisionou sua mente em algum lugar entre os anos de 1967 e 1972? Hora de voltar ao presente. Insiste que “não se faz mais música como antigamente“? Acorda. Não é preciso uma audição minuciosa para tropeçar em uma variedade de discos atuais tão inventivos, autênticos e chapados quanto o acervo lançado há mais de quatro décadas.
Trabalhos inspirados de forma confessa na produção de veteranos como The Beatles, Pink Floyd e Os Mutantes, porém, atuais, marcados pelo frescor de novos conceitos. O mesmo som “colorido” e insano, apenas reforçada pelo uso bases eletrônicas, interessado no diálogo com diferentes gêneros e fórmulas musicais.
Você não precisa deixar de ouvir “Jimi Hendrick”, apagar o baseado ou quebrar aquele vinil raro do Cream para renovar sua biblioteca musical. Na lista abaixo, uma dose extra novidade e natural relação com a música de 1960/1970. Obras que sintetizam parte da música psicodélica produzida entre 2005 e 2015, ultrapassam os limites do rock e merecem a atenção de qualquer ouvinte experiente.
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Animal Collective
Merriweather Post Pavilion (2009, Domino)
Sons emitidos por planetas, captados pelos satélites da NASA; melodias de vozes que resgatam a leveza de obras clássicas como Pet Sounds (1967); versos divididos entre o amor e a esquizofrenia. Em Merriweather Post Pavilion, oitavo registro em estúdio da banda norte-americana Animal Collective, todos os experimentos testados em mais de uma década de ensaios e álbuns complexos assume um estágio de conforto e perfeição. Ainda que os arranjos e toda a estrutura musical do trabalho amplie conceitos experimentais lançados em outros álbuns do grupo – caso de Feels (2005) e Strawberry Jam (2007) -, o nítido flerte com o pop dentro versos expande visivelmente o alcance da obra. Trata-se do trabalho em que o coletivo mais se aproxima do “grande público”, reforçando o uso de arranjos e letras acessíveis, material explícito em faixas como Summertime Clothes, Brothersport e no “hit” My Girls. Ficou impressionado com a ilusão de ótica causada pela capa do disco? Espere só até perceber os efeitos de cada música no seu cérebro.
Chapou? Experimente também: Yeasayer e Gang Gang Dance.
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Ariel Pink’s Haunted Graffiti
Before Today (2010, 4AD)
Posicionar o trabalho de Ariel Pink dentro de um único gênero ou tendência musical específica é uma tarefa praticamente impossível. Exageradamente versátil, o cantor, compositor e multi-instrumentista californiano passou boa parte da década de 1990 e começo dos anos 2000 trabalhando na produção de registros caseiros, gravados no próprio quarto. No obscuro (e vasto) acervo de Pink: referências ao pop radiofônico dos anos 1980 – principalmente Michael Jackson -, o som Lo-Fi de R. Stevie Moore, diálogos com o Heavy Metal e um estranho fasíneo pelo romantismo “brega” do Soft Rock. Partindo de uma montagem atenta e equilibrada, tão experimental quanto pop, em Before Today é possível encontrar todos os fragmentos referenciais do artista. Com o trabalho – o primeiro ao lado de uma banda, o “Haunted Graffiti” -, Pink abandonou boa parte da sonoridade caseiro dos primeiros discos, atraiu a imprensa musical e ainda presentou o próprio público (renovado) com Round and Round, uma das composições mais belas e delicadas da música recente.
Chapou? Experimente também: Ducktails e Unknown Mortal Orchestra.
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Boogarins
As Plantas que Curam (2012, Other Music)
Dentro do crescente acervo de (novos) clássicos da música psicodélica, As Plantas que Curam, registro de estreia da goiana Boogarins, ocupa um posto de merecido destaque. Vocal manipulado por efeitos, versos nonsenses – ou chapados – e guitarras deliciosamente ecoadas, marcadas pelo uso controlado das distorções. Um álbum curto, pouco mais de 30 minutos em que o ouvinte é transportado e sutilmente acomodado em um ambiente de completa alucinação. Fortemente comparada aos Mutantes, influência declarada em todo o trabalho, a banda vai além de uma mera cópia. Em um diálogo forte com a nova safra do rock (psicodélico), a banda o principal componente para o distanciamento de um som desgastado ou típico pastiche lisérgico da década de 1960. Inicialmente lançado como um EP de seis faixas, o disco, posteriormente reforçado com novas canções, logo ultrapassou os limites da cena nacional. Mesmo cantando em português, livre de versos em inglês ou conceitos típicos de projetos montados “para exportação”, o grupo atraiu a atenção e ainda seduziu o selo estadunidense Other Music Recording, sendo convidado a integrar o catálogo da marca.
Chapou? Experimente também: Luziluzia e Carne Doce.
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Cérebro Eletrônico
Pareço Moderno (2008, Phonobase)
Passado, presente e futuro se confundem no interior de Pareço Moderno, segundo álbum de estúdio da banda paulistana Cérebro Eletrônico. Mosaico lisérgico, montado a partir de peças encontradas no catálogo de referências particulares de cada integrante, o álbum reflete com naturalidade o completo amadurecimento do grupo em relação ao disco anterior, Onda Híbrida Ressonante (2003). Longe da herança empoeirada d’Os Mutantes, base assumida de forma copiosa e desgastada em diversos projetos da cena nacional, o coletivo encontra na flexibilidade dos arranjos e instrumentos um traço de identidade. Enquanto Fernando Maranho orquestra com leveza a arquitetura da obra, pincelando guitarras e efeitos eletrônicos de maneira pontual, Tatá Aeroplano dança com liberdade pelos versos de cada uma das 12 canções. São músicas de marcadas pelo erotismo (Dê), comicidade (Bem mais Bin que Bush) ou mesmo temas nonsenses, talvez “embriagados”, aspecto reforçado na própria faixa-título do trabalho. Ouça e flutue.
Chapou? Experimente também: Garotas Suecas e Leo Cavalcantti.
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Cidadão Instigado
Uhuuu! (2009, Independente)
Um delírio sob controle. Contrariando a própria esquizofrenia da banda, Uhuuu!, terceiro registro em estúdio da cearense Cidadão Instigado, é um passeio pela psicodelia, mas sem esquecer do pop. Obra mais coesa e ainda assim aventureira já assinada pela banda de Fernando Catatau, o álbum parece seguir exatamente de onde o grupo parou com …E O Método Túfo De Experiência, em 2005. Com os dois pés cravados na década de 1970 – e a cabeça nas nuvens -, o disco se espalha em meio a inventos psicodélicos (O cabeção), temas excêntricos (Deus é uma viagem) e um doce romantismo melancólico (Dói), assumidamente brega. Sem medo, a banda aposta no uso de sintetizadores (Contando Estrelas) e ainda brinca com o passado em um sentido de comunicação com o presente (Como as luzes), mecanismo que faz do álbum um típico registro pop, porém, completamente desconstruído, insano. Sustentado pela evidente aproximação entre os integrantes, Uhuuu! vai além do grito de exclamação; trata-se do caminho para um universo paralelo excêntrico, romântico, um mundo onde Fagner e Pink Floyd ditam as regras e acontecimentos de forma harmônica.
Chapou? Experimente também: Matheus Mota e Mopho.
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Deerhunter
Halcyon Digest (2010, 4AD)
Até o lançamento de Microcastle, no ano de 2008, todos os esforços de Bradford Cox e seus parceiros de banda no Deerhunter estavam voltados para a construção de um som sujo, inspirado pela crueza do Garage Rock e distorções criadas por veteranos como Sonic Youth e My Bloody Valentine. Com a chegada de Halcyon Digest, em 2010, uma surpresa. Além da forte carga emocional explícita nos versos, o uso de guitarras acústicas, gaitas de boca e arranjos “lisérgicos” transportou a sonoridade do grupo para um novo terreno. Entre referências ao rock dos anos 1970 – principalmente Rolling Stones no álbum Exile On Main Street. (1972), vide o saxofone em Coronado e guitarras “country” em Revival -, toda a estrutura do álbum cresce como um imenso labirinto de referências, inspirações e bases autorais. Um universo de desilusões sentimentais (He Would Have Laughed), tormentos de um jovem adulto (Don’t Cry) e até personagens (reais), caso da homenagem ao garoto de programa russo Dimitry Marakov, em Hellicopter. Psicodelia em preto e branco.
Chapou? Experimente também: Lotus Plaza, Wild Nothing e Atlas Sound.
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Foxygen
We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic (2013, Jagjaguwar)
Cansado de ouvir seu pai falando que “não se faz mais música como antigamente” ou que “a boa fase do rock já passou”? É simples: apresente o trabalho do Foxygen a ele. Com o lançamento de We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic, primeiro álbum do grupo californiano em um selo de médio porte – Jagjaguwar Records -, a essência dos anos 1960/1970 não apenas foi resgatada dentro das canções, como adaptada de forma sutil ao presente. Enquanto os arranjos e melodias da obra replicam (de forma nostálgica) o mesmo som incorporado há mais de quatro décadas, os versos divididos entre Jonathan Rado e Sam France abraçam com naturalidade o espírito Hippie. Ainda que a letra confessional e dolorosamente romântica de No Destruction sintetize toda o conceito do registro, faixas como San Francisco, Shuggie e On Blue Mountain reforçam ainda mais o caminho da banda até o passado, criando uma ponte segura para que o ouvinte visite a mesma “boa fase do rock” sem fugir do cenário atual.
Chapou? Experimente também: Woods e White Fence.
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Neon Indian
Psychic Chasms (2009, Lefse)
“Deveria ter tomado ácido com você / Tocar as estrelas, e os planetas também“, a lisergia explícita nos versos de Should Have Taken Acid with You sintetiza com naturalidade todo os conceitos de Alan Palomo dentro do Neon Indian. Acomodado em um universo de referências nostálgicas, talvez empoeiradas quando isolamos a sonoridade “rústica” de cada composição, Palomo fez do primeiro registro em estúdio, Psychic Chasms, uma colcha de retalhos psicodélicos. Da imagem estampada na capa do trabalho – uma sobreposição de recortes coloridas -, passando pela temática veranil de faixas como Deadbeat Summer e Terminally Chill, cada fragmento do álbum sustenta um diálogo autoral com a música (e cultura pop) de diferentes épocas. Uma coleção de ruídos místicos, confissões românticas e até mesmo sons resgatados de antigas fitas VHS, ingredientes para a construção de uma obra tão próxima da psicodelia ressaltada na década da 1960, quanto dos sintetizadores pegajosos que marcaram o pop dos anos 1980.
Chapou? Experimente também: Toro Y Moi, Washed Out e Glue Trip.
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Panda Bear
Person Pitch (2007, Paw Tracks)
Produto do típico conceito experimental que rege a obra de Noah Lennox – seja como integrante do Animal Collective ou em carreira solo, sob o pseudônimo de Panda Bear -, Person Pitch está longe de parecer um trabalho de acessível, capaz de seduzir o ouvinte logo em uma primeira audição. Leigo ou iniciado, não importa, o universo que cresce no interior do terceiro álbum solo de Lennox conta com regras próprias, musicalmente inacessíveis ao ouvinte mais apressado. É preciso um pouco de tempo até que “bata” o efeito do disco. Vozes sempre arrastadas, submersas em um mar de efeitos; arranjos instáveis, completos pelo uso de samples, parte deles recortados de músicas como I’ve Found a Love, de Cat Stevens, Someday de Kylie Minogue e até da trilha sonora da animação Akira. Um espaço para a colagem de pequenos fragmentos musicais e líricos, proposta sutilmente representada pela colorida capa do registro – trabalho de Agnes Montgomery. Em uma medida própria de tempo, talvez arrastada em uma primeira audição, são estes mesmos “retalhos” que acabam prendendo a atenção do ouvinte, inconscientemente atraído e arrastado para a espiral mágica do disco.
Chapou? Experimente também: Avey Tare e High Places.
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Peaking Lights
Lucifer (2012, Mexican Summer / Weird World)
De todos os projetos que tiveram início na última década, sejam eles coletivos ou artistas em carreira solo, poucos preservam a essência do movimento Hippie com tamanha naturalidade quanto o Peaking Lights. Comandada pelo casal Aaron Coyes e Indra Dunis, a banda, original da cidade de São Francisco, Califórnia, nasceu do desejo partilhado entre a dupla de “viver de música”. Até ser “descoberta” pela imprensa e apresentada ao público com o álbum 936, em 2011, Coyes e Dunis tiveram de atravessar grande parte dos Estados Unidos para divulgar o trabalho da banda. Uma extensa road trip sustentada com a venda de discos lançados em CD-R e apresentações dentro do circuito independente. Em 2012, passado o nascimento de Mikko – primeiro filho do casal e “colaborador” em algumas faixas -, a dupla finalizou a produção de Lucifer, o primeiro álbum “profissional” do Peaking Ligths. Mesmo produzido com maiores recursos, basta se concentrar nas melodias de Beautiful Son, LO HI e demais canções do disco para perceber o maior refinamento da essência mística do casal, ainda preservada e expandida em toda a obra.
Chapou? Experimente também: Hype Williams e Sun Araw.
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Shabazz Palaces
Lese Majesty (2014, Sub Pop)
Quem interpreta a obra do Shabazz Palaces apenas como “Rap”, “Hip-Hop” ou “Hip-Hop Alternativo” está cometendo um grave erro. Muito além das rimas e vozes aleatórias que se aproximam da música negra dos anos 1970, parte expressiva do trabalho desenvolvido por Ishmael Butler e Tendai Maraire se concentra na interpretação experimental de temas e arranjos psicodélicos. Representação nítida de todo esse “conceito lisérgico” que orienta a projeto sobrevive no interior de Lese Majesty. Em direção contrária ao som explorado no complexo Black Up, de 2011, com o segundo álbum da carreira, Butler e Maraire se concentram em criar uma obra leve, quase libertadora. Enquanto temas como dinheiro, sexo, drogas e diferentes problemas cotidianos são debatidos ao longo dos versos, em se tratando das batidas e bases, Lese Majesty aponta para longe da Terra, seguindo em direção ao espaço. Entre samples e referências cósmicas, resgatadas da trilha sonora de clássicos da Ficção Científica nos anos 1960 e 1970, lentamente um ambiente estrelado, repleto de planetas e seres espaciais é delineado pelas canções. Uma viagem pelo espaço, mas sem tirar os pés do chão.
Chapou? Experimente também: Gonjasufi e Flying Lotus.
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Supercordas
Seres Verdes Ao Redor (2006, Trombador)
Seu cérebro vai derreter. Condensando quase quatro décadas de inventos psicodélicos e experiências marcadas pela lisergia, Seres Verdes ao Redor, obra que apresentou oficialmente o Supercordas, é um verdadeiro delírio. Ainda que a essência de grupos veteranos como Os Mutantes e Clube da Esquina seja estampada nas canções do grupo, é no teor bucólico, próprio da banda, que o trabalho cresce. Com o subtítulo de “música para samambaias, animais rastejantes e anfíbios marcianos”, o registro é um passeio por um terreno úmido e fértil, uma charneca criativa como uma das primeiras canções logo entrega. Íntimo do rock rural, mas não necessariamente imerso em um ambiente confortável, o álbum se transforma durante toda a audição. São emanações puramente melódicas (Ruradélica), doses de nostalgia (Frog Rock) ou mesmo instantes de puro experimento (Sobre o Calor). O ecoar de sapos e sons “orgânicos” por toda a obra expande ainda mais a percepção de que não se trata apenas de um disco, mas um espaço mágico e aberto para qualquer visitante.
Chapou? Experimente também: Bonifrate e Tatá Aeroplano.
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Tame Impala
Lonerism (2012, Modular)
Questionado sobre a estrutura musical, temas e referências que serviram como base para a formação de Lonerism, Kevin Parker, vocalista e líder do Tame Impala, respondeu: “É uma boa combinação de pop açucarado e música cósmica, intensa e explosiva. É como Britney Spears cantando com The Flaming Lips”. Ainda que soe como piada, a resposta de Parker parece ser a melhor representação do som incorporado pela banda australiana no segundo álbum de estúdio. Um catálogo dinâmico de músicas como Apocalypse Dreams, Elephant e Be Above It em que a essência de Led Zeppelin, The Beatles e outros gigantes do rock clássico ocupam o mesmo espaço de influência de cantoras pop como Kylie Minogue – outra referência confessa de Parker. Talvez um “absurdo” para os puristas, a base equilibrada, melódica e acessível do registro serviu como instrumento de reforço para a carreira do grupo, hoje íntimo de uma parcela grandiosa do público e, por enquanto, autores da obra mais representativa da música psicodélica na presente década. Duvida? Assista ao clipe de Feels Like We Only Go Backwards e deixe o Tame Impala convencer (e hipnotizar) você.
Chapou? Experimente também: Pond, Temples e Jagwar Ma.
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Ty Segall
Twins (2012, Drag City)
Entre os principais agrupamentos de artistas, selos e coletivos inspirados pelo espírito psicodélico, a cena montada no estado da Califórnia talvez seja a mais expressiva atualmente. Berço do movimento Hippie, a região funciona como abrigo para um número crescente de artistas movidos pela sonoridade ou mesmo pensamentos lançados entre os anos 1960 e 1970. Artistas locais e até grupos vindos de outros estados que encontraram em cidades como Los Angeles e São Francisco um refúgio criativo. Colaborador em diferentes projetos locais, Ty Segall parece ser o “personagem” que melhor sintetiza o novo cenário musical californiano. Dono de um vasto acervo de obras autorais ou partilhadas entre diferentes projetos paralelos – como Fuzz, Sic Alps e Ty Segall Band -, em Twins, registro lançado em 2012, Segall resume e ainda brinca de forma caritativa a própria discografia. De um lado, ruído sujos, típicos do garage rock explorado pelo músico em começo de carreira, no outro, uma imensa tapeçaria de cores, sons e versos chapados, ponte para a bem resolvida sequência formada por Sleeper (2013) e Manipulator (2014).
Chapou? Experimente também: Thee Oh Sees e White Fence.
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OBS: The Flaming Lips, Of Montreal e Júpiter Maçã não foram esquecidos. Mesmo com a produção de grandes obras dentro do período de análise, artistas que atuaram com expressividade na década de 1990 foram descartados. Como “menção honrosa”, ao final de cada texto, uma breve indicação ao trabalho de artistas com sonoridade similar, autores de obras também relevantes no mesmo período.
Mesmo apoiado em elementos técnicos, agregadores de críticas – Metacritic e AOTY -, além de listas similares espalhadas pelo Google, esta ainda é uma seleção de caráter pessoal. Seu disco favorito não foi indicado? Calma. Use os comentários para novas indicações, monte sua lista de clássicos recentes da música psicodélica ou, se você é fã do MGMT, escreva um comentário revoltado sobre a ausência do grupo na lista – propositadamente ignorado.